Postado em 09 de dezembro 2021
Estudo conduzido no Vale do São Francisco comprovou benefícios no desenvolvimento e enfrentamento de estresse nas culturas de mangas e uvas
Por Engenheiras Agrônomas Lucilene Oliveira e Jaynne Lino
É um grande desafio da fruticultura atender à alta demanda por quantidade e qualidade dos produtos atentando-se à sustentabilidade ambiental. Nesta perspectiva, destacam-se os ácidos húmicos, ácidos fúlvicos e algas marinhas, que são capazes de estimular alterações fisiológicas nas plantas. Comprovadamente contribuem para um melhor desenvolvimento, o que é essencial para obtenção de ganho produtivo.
Os ácidos húmicos e fúlvicos são resultados da decomposição da matéria orgânica. Possuem grande potencial na melhoria das características químicas, físicas e biológicas dos solos e plantas: melhoram a absorção de nutrientes tanto via solo quanto via folha; são excelentes carreadores de elementos e moléculas; são atenuantes dos estresses abióticos e bióticos; estimulam a síntese de proteínas, atividades enzimáticas e fotossíntese e auxiliam na atividade microbiana, tanto por melhorar as condições do meio quanto por servir de fonte de alimento. Os ácidos fúlvicos apresentam menor massa molecular e são considerados a fração mais bioativa das substâncias húmicas, atuando fortemente com a parte química do solo e da folha enquanto os ácidos húmicos atuam principalmente na fração física do solo.
Devido às condições que lhes são impostas pelo ambiente onde vivem, as algas marinhas produzem grandes quantidades de compostos como aminoácidos, carboidratos, vitaminas e precursores hormonais que lhes conferem capacidade de adaptação e crescimento em situações de estresse.
No Vale do São Francisco (VSF), a aplicação em mangueiras de ácidos fúlvicos (BioGain Fúlvico 70®) junto com o regulador de crescimento paclobutrazol (PBZ) com objetivo de potencializar sua absorção e translocação, comprovou a característica de carreador dos ácidos fúlvicos; obteve-se a redução do crescimento vegetativo das plantas, que era o objetivo do teste, a partir de 12 dias após a aplicação e com estabilização do crescimento aos 19 dias após a aplicação.
Na mesma região, com o objetivo de validar as características de condicionadores de solo dos ácidos húmicos (BioGain Húmico 80®) e fúlvicos (BioGain Fúlvico 70®), realizou-se experimento agronômico onde foi avaliada a taxa de brotação de plantas de videira. Este fator é diretamente ligado à produtividade, já que aas folhas são as produtoras de fotoassimilados que serão translocados e convertidos em diversos compostos de acordo com a necessidade de planta. Os resultados obtidos demonstraram maior número de brotações para o tratamento com BioGain Húmico e BioGain Fúlvico.
Colunas com letras minúsculas iguais não diferem
entre si pelo teste de F à 5% de probabilidade.
*O cálculo da produção foi feito considerado um
peso médio de 6Kg de uva por contentor (bins)
Com a aplicação de extratos de algas na cultura da uva, obtém-se atenuação de estresses e estímulo de crescimento vegetal, que repercutem em produtividade e uniformidade. Na cultura da uva, é adotado o manejo com aplicação de extrato de algas Ascophyllum nodosum via foliar nas fazes de brotação e via solo na fase de frutificação, visando maior peso e tamanho de cachos e maior produtividade.
Validação agronômica do produto BioGain Liq A 50® (500g/L de extrato de algas Ascophyllum nodosum) em videiras no VSF. Trabalho conduzido pelas Engenheiras Agrônomas Lucilene Oliveira e Jaynne Lino, da Rigrantec.
Artigo publicado na Revista da Fruta na edição 30, dezembro 2021 - https://www.revistadafruta.com.br/
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