Postado em 19 de abril 2022
Melhor do que só irrigar sua plantação, é aproveitar o sistema para fazer sua adubação. Assim, a planta recebe água e também os nutrientes essenciais para seu desenvolvimento. Essa técnica é chamada de fertirrigação.
A fertirrigação vem ganhando cada vez mais espaço com o aproveitamento dos sistemas de irrigação para aplicar nutrientes via folha ou solo.
Um exemplo de culturas que mais adotam esta técnica são os hortifrutis em geral. São os grandes beneficiários da técnica de fertirrigação, já que necessitam de uma boa disponibilidade de nutrientes durante todo o seu rápido ciclo de desenvolvimento. Também as grandes culturas de campo aberto, como milho, feijão e outras culturas de grãos, se beneficiam de irrigação e fertirrigação via aplicação por pivô.
Quer saber tudo sobre fertirrigação e os cuidados a serem tomados ao aplicar a técnica de fertirrigação? Acompanhe o artigo até o fim!
Fertirrigação é a aplicação dos fertilizantes dissolvidos na mesma água do sistema de irrigação de uma lavoura. Normalmente, a fertirrigação para culturas que não utilizam muitos hectares é feita via gotejamento ou aspersor instalados no sistema de irrigação. Esta técnica é mais eficiente para entregar os elementos essências a planta: água e fertilizante.
Para grandes culturas que necessitam de irrigação ou fertirrigação é utilizada a técnica de pivô. Existem três tipos de pivôs: linear, central fixo e central rebocável. O modelo a ser escolhido pelo produtor vai depender da topografia de sua área e o investimento disponível.
A fertirrigação surgiu nos Estados Unidos na década de 50. Foi denominada quimigação, referindo-se à aplicação de produtos químicos ou biológicos, usando-se a própria água de irrigação.
As vantagens da fertirrigação são: Menor custo de aplicação de fertilizantes, Melhor uso da água e Adaptação da disponibilidade de nutrientes!
Outras vantagens que também podemos citar são:
Assim como temos vantagens a fertirrigação também possui algumas desvantagens.
As desvantagens da fertirrigação são: Necessidade de maior pureza dos adubos para fertirrigação, Risco de entupimento do sistema de irrigação e Aumento de Salinidade.
E sem dúvida, é fundamental contar com um agrônomo para que seja realizado análise de solo e interpretação dela, visando assim ter um planejamento correto e mitigação dos erros possíveis durante a adubação. Somente assim, pode identificar as necessidades reais de fertilizante e evitar excessos ou faltas durante a adubação, além de identificar os produtos mais adequados para a fertirrigação.
Importante lembrar! Os nutrientes provenientes de cloretos são mais salinos que os provenientes dos óxidos.
O uso da fertirrigação é amplamente adotado em diversas plantações de frutíferas no Brasil, como nas de mamoeiro, uva, manga, morango e laranja, especialmente nas principais regiões produtoras do país.
Também existem outros fatores que ditam o sucesso da fertirrigação: o solo e a cultura.
Solos mais arenosos e áridos se beneficiam da fertirrigação, por serem mais pobres em nutrientes. Quanto às culturas, nem todas se beneficiam da prática como o café, por exemplo. Por outro lado, existem diversas outras culturas que são muito bem adaptadas à técnica, como as hortaliças em geral.
Porém, a questão financeira, muitas vezes, acaba sendo um fator limitante para a implementação do sistema em grandes áreas e culturas de lavoura.
Em termos mais práticos, as culturas em que mais se utiliza a fertirrigação e em que há maior benefício são algumas culturas perenes como a manga e aquelas de ciclos rápidos, especialmente as hortaliças:
Existem três tipos principais de fertirrigação: gotejamento, microaspersão e pivô. A fertirrigação pode ser classificada em diferentes tipos, dependendo da forma de aplicação e do sistema de irrigação utilizado.
Esses três tipos de fertirrigação utilizam “um cabeçal de controle completo, linhas de distribuição de água e pequenos emissores de água.
O cabeçal de controle é constituído, entre outros, por um sistema de filtragem, injetores de fertilizantes, registros e válvulas reguladoras de pressão e vazão que permitem também a automação do sistema”, conforme Instituto Agronômico de Campinas.
Fertirrigação via gotejamento é a técnica em que são dispostas mangueiras com pequenas saídas intervaladas próximo a planta, mantendo o solo húmido e, ao mesmo tempo fazendo sua adubação, disponibilizando nutrientes essenciais para as plantas.
Então, como o nome diz, essas saídas permitem que as gotas de água ou calda penetrem no solo junto ao sistema radicular da planta. Dessa forma, os nutrientes são absorvidos pela planta principalmente por meio das raízes.
A fertirrigação por gotejamento é indicada quando o solo é “pesado”, ou seja, tem baixo índice de infiltração, e em solos mais arenosos. Qualquer cultura pode ser irrigada por gotejamento e tanto plantas cultivadas em campo aberto quanto as cultivadas em estufa se beneficiam da fertirrigação por gotejamento.
Quais são as vantagens da fertirrigação por gotejamento?
A fertirrigação por gotejamento tem alguns passos a serem seguidos, que são:
A fertirrigação via microaspersão é quando as gotas lançadas ao solo são ainda menores do que no gotejamento. Os sprinklers para irrigação, dispositivos por meio dos quais a água é dispersa, fazem movimentos circulares, podendo ter diferentes alcances.
A fertirrigação via microaspersão pode ser uma boa alternativa para os casos em que é necessário cobrir uma grande área com menor volume de água e calda de fertilizantes. Esta técnica também faz com que a planta absorva os nutrientes via foliar de uma maneira mais rápida evitando que a planta sofra com deficiência nutricional, assim como reduz a necessidade de mão de obra no dia a dia.
A fertirrigação por microaspersão requer basicamente os mesmos passos e cuidados da irrigação por gotejamento, conforme exemplos citados acima.
Em um sistema com pivô central, uma área é projetada para receber uma estrutura suspensa e no seu centro recebe uma tubulação. Por meio de um raio que gira em toda área, a água é aspergida por cima da plantação. Assim, o pivô é a fonte fornecedora de água e nutrientes.
Os fertilizantes para fertirrigação são os que contêm os nutrientes básicos como fósforo, potássio, nitrogênio e enxofre. Também é importante que o fertilizante seja específico para ser usado junto à água de irrigação para que o espalhamento seja homogêneo e os bicos não entupam.
Esses fertilizantes podem ser líquidos ou sólidos com alto poder de diluição. As formas em que os nutrientes se apresentam geralmente são:
Ao escolher adubos solúveis para fertirrigação, é importante prestar atenção nestes fatores:
Agora você deve estar se perguntando quais produtos específicos para fertirrigação estão disponíveis no mercado. Confira abaixo as dicas que o especialista da Rigrantec preparou sobre produtos e alguns cuidados com equipamentos e água para fertirrigação.
Veja o que diz Alexsander Azeredo, engenheiro agrônomo da Rigrantec.
“Nossos fertilizantes para fertirrigação são pensados especialmente para manter não só a saúde das plantas, como também preservar todo o sistema, deixando os bicos de irrigação livres de impurezas e incrustamentos.”
Além dessas características, destacamos que as linhas detalhadas a seguir necessitam de baixas dosagens, já que são fórmulas com elevado grau de pureza e alta concentração. Experimente e conte para nós os resultados:
Linha BioGain
Linha GeoQuel
Linha Micromix
Nos tópicos abaixo iremos abordar alguns pontos importantes para durabilidade de seus componentes e equipamentos, continue acompanhando.
Cuidados com qualidade da água
Assim como é necessário avaliar o solo e os nutrientes de que ele precisa, a qualidade da água é fundamental para ter uma fertirrigação eficiente.
Para isso, o documento Boletim Técnico IAC 196 (p.13) indica que:
Além dos cuidados na hora de escolher e dimensionar cada um dos fertilizantes, existem os cuidados necessários com o próprio sistema de fertirrigação.
O acúmulo de sais e sujeira no sistema traz prejuízos por perdas de equipamento, ineficiência na dispersão de água, entre outros problemas. Para prevenir entupimentos, a Rigrantec oferece o produto HYDRODIS, que remove as incrustações e colabora na manutenção do sistema.
Lembre-se de que é sempre melhor fazer manutenções preventivas nos sistemas de fertirrigação e programadas do que deixar para depois e arcar com os prejuízos!
Ter dúvidas é normal! Cometer alguns erros, também. Mas estamos aqui para responder algumas questões que podem ser erros frequentes na fertirrigação. Acompanhe:
Para que você tenha uma distribuição de fertilizantes uniforme, é preciso que o sistema esteja totalmente pressurizado. É um erro liberar a calda antes, já que o material não sairá em todos os bicos.
Não é recomendável admissível, já que os bicos entupidos impactam a distribuição de fertilizante e podem danificar até mesmo aqueles que não estão, pelo aumento da pressão nos que estão livres. Antes de começar a fertirrigação, verifique se todos estão em condições de trabalho para evitar problemas.
Não é eficiente, pois os fertilizantes formulados não têm a solubilidade necessária para a técnica, o que diminui a eficiência, aumenta o tempo de operação, entope a motobomba e decanta no tanque.
A inspeção visual é importante, mas não pode ser o único critério. Depois da irrigação, a água fica mais ou menos retida no solo de acordo com a composição dele. Para controlar a umidade por meio de dados mais confiáveis, geralmente são utilizados medidores de umidade.
Chegando até aqui, podemos concluir que, sim, a fertirrigação é uma técnica de adubação bastante vantajosa, mesmo exigindo cuidados específicos. Aproveitar sistemas já montados é um dos trunfos da fertirrigação, por ajudar no equilíbrio de cobertura dos nutrientes utilizando um sistema muitas vezes bastante automatizado.
E claro: se você procura produtos de qualidade para fertirrigação, não é preciso ir mais longe. Aqui no site da Rigrantec você encontra os produtos certos para ter uma fertirrigação produtiva.