Postado em 15 de março 2023
Seja no campo ou na cidade, eles estão por toda parte e normalmente provocando reações diversas. Os pombos e pássaros em geral eventualmente podem ser vistos como problema tanto no meio urbano quanto na agricultura.
Há quem enfatize o fato deles serem transmissores de doenças (embora não causem doenças diretamente) ou sujarem galpões, silos de armazenamento de grãos, marquises, calçadas e fachadas de prédios.
Porém, não podemos esquecer que os pombos são aves inofensivas e integram a natureza e a cadeia alimentar de diversos outros animais. Por isso, precisamos tratar com seriedade a questão de como espantar pombos, ao mesmo tempo em que não se deve querer o mal do bichinho. Dessa forma, usar repelente para pombos pode ser uma boa solução para evitar a sujeira ao mesmo tempo em que não se faz mal às aves.
Quer entender como funciona? Então, primeiro vamos falar dos pombos e na sequência sobre os pássaros na agricultura.
Antes de falarmos especificamente sobre as melhores técnicas de como espantar os pombos de maneira ecológica e sustentável, é importante entender como os pombos e outras aves se tornaram superpopulações no meio urbano, assim como aprender sobre sua importância na cadeia alimentar de outras espécies.
Os pombos começaram a ser domesticados pelo ser humano há séculos, seja como fonte de comida ou por suas incríveis habilidades de navegação – não à toa cumpriram a famosa missão de pombo-correio. Embora muitos não saibam, há entre a humanidade e os pombos uma relação longa e interessante.
Originários da Europa, norte da África, Oriente Médio e Ásia, os pombos urbanos foram introduzidos no Brasil no século XVI, como animais de estimação e aves domésticas. Com o tempo, a adaptação da espécie nas cidades foi se tornando fácil pela abundância de alimento no lixo e a facilidade de abrigos.
Nas cidades, a semelhança dos parapeitos de prédios e janelas com cavernas e penhascos, suas casas naturais, facilitou a adaptação. Lugares altos, como torres de igreja e topos de edifícios também são bons abrigos. A facilidade com que fazem seus ninhos com qualquer material, incluindo gravetos de árvores, canudos e até pregos também facilitou a adaptação nos centros urbanos.
Já na natureza, os pombos têm a importante função de controlar insetos e disseminar sementes das plantas que utilizam como alimento - as sementes são eliminadas nas fezes, prontas para germinar no solo.
Há vários tipos de fungos e bactérias que podem se desenvolver nas fezes ressecadas dos pombos. A inalação da poeira destes restos, assim como o consumo de água e alimentos contaminados por estes micro-organismos, pode causar sérias doenças respiratórias, como a criptococose e a histoplasmose. Embora seja vetor de doenças, é sempre importante destacar que o pombo em si não é nocivo.
Entre as doenças que a espécie pode transmitir destacam-se a criptococose, histoplasmose e salmonelose, além de dermatites e alergias.
Muitas pessoas procuram informações sobre o que fazer para espantar pombos, seja para espantar os pombos do telhado, prédios, varanda, forro, árvores, quintal, depósitos ou galpão.
Como já vimos, o pombo é uma espécie de ave muito bem adaptada à vida na cidade há muito tempo. Sem ter um predador no meio urbano, deverá continuar entre nós por tempo indeterminado. Por isso, é importante conhecer modos de espantar pombos e evitar o risco de pegar doenças, além de se livrar da sujeira por eles causada.
Confira algumas técnicas para espantar pombos:
Construídas em nylon, as redes podem ser colocadas para cercar a sua janela ou varanda, impedindo assim a passagem dos pombos para dentro. Há diferentes tipos de modelos, desde os fixados na estrutura com ganchos até outros apenas colados.
Como os pombos são aves que repetem comportamentos, uma vez que se impeça sua passagem por um certo lugar e por determinado tempo, ocorre a mudança de hábito do pombo. Isso significa que após um período, ele não irá mais passar em sua janela ou varanda.
Os raios do sol, ao incidirem numa superfície refletora, cria um efeito de prisma que incomoda a visão das aves. É possível formar efeito semelhante utilizando fitas refletoras, balões metalizados ou até mesmo aqueles CDs antigos que você nunca mais escutou.
Agora, atenção: esse método funcionará apenas de dia e enquanto houver sol. Para o período noturno, use refletores ou posicione luzes que refletem nas fitas, balões ou CDs.
Como já vimos, pombos adoram pousar em beirais ou parapeitos de janelas e sacadas. Para evitar que isso ocorra, um bom truque é construir grades ou parapeitos inclinados numa angulação de 45º. Os pombos não gostam de pousar em lugares inclinados e irão procurar outro imóvel.
Já sabemos que os pombos são aves que mantém hábitos regulares, portanto, criar meios de dificultar seu pouso é sempre uma alternativa para espantá-los. Para isso, considere fixar objetos nos locais onde eles costumam pousar, como espetos, espículas e outros objetos.
Utilizar a velha e boa tática de colocar estátuas de predadores é sempre uma maneira de espantar pombos. E com vantagens: além do custo ser baixo custo, o método também não impacta a saúde da ave. Procurando bem, é possível encontrar estátuas no mercado em diversos modelos, em formas de falcões, corujas e águias.
Uma vez comprada, a estátua deve ser colocada perto de onde os pombos costumam pousar. Importante: de bobos, os pombos não tem nada; portanto, com o tempo, eles podem perceber que a estátua não é um predador verdadeiro. Para contornar essa possibilidade, vale mudar a estátua de lugar com alguma frequência.
Para além das possibilidades citadas acima, vale destacar a existência e eficácia de produtos ecológicos que não criam problemas na cadeia alimentar das aves, funcionam como repelentes e são atóxicos e biodegradáveis.
O Max Repel Pombos é um repelente ecológico feito à base de metil antranilato que promove o desalojamento de pombos e aves de seus ninhos em locais indesejados. É lipofílico e insolúvel em água (um produto pronto para uso, sem precisar misturar) e pode ser utilizado em áreas onde houver a intenção de fazer a retirada de pombos ou aves indesejadas.
O produto deve ser aplicado através de um termonebulizador que gera uma nevoa. Esta “fumaça” tem que entrar em contato direto com o pombo para fazer efeito. O repelente provoca náuseas seguidas de regurgitamento, então os pombos associam esses sintomas com o ambiente, e por isso deixam o local com saúde plena.
Agora que você já conhece um pouco sobre como repelir os pombos de maneira ecológica, que tal conhecer como repelir as aves de hortas e lavouras sem prejudicar a flora e fauna.
Difícil haver um produtor rural que nunca tenha se irritado após finalizar uma plantação de alface, por exemplo, e ver que todo o trabalho atraiu diversos pássaros para a horta.
A infestação das aves nas lavouras e pomares é consequência do crescimento das áreas agrícolas e das cidades. Com o campo e a cidade cada vez mais próximos, problemas como o controle de pássaros em geral acabam por demandar uma atitude do produtor rural.
Porém, assim como nas cidades, não devemos tratar os pássaros de maneira prejudicial, até porque existem diversas formas de espantar pássaros da horta e da lavoura sem causar danos ao meio ambiente.
Se for fechada, a tela plástica é eficiente na defesa contra predadores, inclusive insetos. O sistema, no entanto, dificulta os tratos culturais. A sugestão então é fazer canteiros pequenos e usar uma armação da tela costurada em arame galvanizado, podendo ser removida para regas e manejo.
São construídos com velhas janelas que possam ser abertas, de modo que a luz do sol passe através do vidro, como se fosse uma estufa. Ainda que eficiente, nas regiões quentes do Brasil pode causar o efeito de "cozinhar as plantas" pelo calor irradiado e o ar quente dentro da estufa.
Canteiros feitos desde modo podem também ser cobertos por sombrite esticado e costurado em molduras de arame ou sarrafos. É uma opção mais arejada e indicada para locais tropicais.
Linhas de cordão de algodão colocadas sobre a horta, presas a bambus ou sarrafinhos, acabam por dificultar o pouso dos pássaros no local. Para funcionar, é preciso que as linhas fiquem bem esticadas, o que demanda manutenção da posição dos bambus.
Indo um pouco além, colocar pedacinhos de plástico cortados em fitas, amarrados a cada 20 ou 30 cm, pode auxiliar no movimento com vento e colaborar para espantar as aves. Pode-se também pendurar nas linhas esticadas pedaços de latas de refrigerante, que terão o efeito de fazer barulho quando se chocarem umas com as outras e espantarão os pombos e aves em geral – o detalhe desagradável das latas é o barulho, que pode ser meio chato.
A desvantagem do método é que dificulta nossa tarefa de limpeza de inços e colheita do produto cultivado.
Vale lembrar que a primeira fase de crescimento das folhas das hortaliças são as de maior interesse para os pássaros, depois quando já começaram a crescer, a atração já não é a mesma.
Como vigias, nossos animais domésticos funcionam bem para espantar pombos e aves. O ponto negativo é que cães e gatos, como bem sabemos, costumam correr atrás de qualquer coisa e passam por cima dos limites dos canteiros.
Assim, antes de usá-los como guardiães, é preciso avaliar se a proteção das hortaliças compensa a eventual destruição de mudas – claro que tudo também depende do tamanho do animal.
O Max Repel Pássaros é um repelente de pássaros a base de metil antranilato, o único composto que serve como repelente para pássaros.
O produto é solúvel em água, atóxico e biodegradável, para ser aplicado por meio de pulverização em hortas, pomares e lavouras para repelir aves que utilizam essas plantações como fonte de alimentação. O produto neste caso não precisa ter contato direto com o pássaro, mas sim com a cultura.
Quando os pássaros entram em contato com a cultura, a sensação das aves é a de ficar com a língua como se você comesse um caqui verde.
Isso ocorre devido as características de sabor no contato com as mucosas das aves, provocando náuseas e regurgitamento do alimento ingerido pelos pássaros.
Importante enfatizar que o desconforto alimentar provocado nos pássaros não é permanente e nem letal, e desaparecem após a interrupção da ingestão do produto pelo pássaro. Depois disso, ele passa a associar o desconforto com o ambiente e não volta mais.
De tudo fica o aprendizado de que os pombos e os pássaros são plenamente adaptados à vida na cidade e no campo e continuarão entre nós. Ao mesmo tempo, não há razão para querer seu mal, apenas vale conhecer técnicas e métodos para espantar os pássaros e assim proteger o imóvel na cidade ou a plantação no campo.