Postado em 12 de setembro 2025
A rotação de culturas em sistema trienal é uma prática agrícola com diversos benefícios agronômicos, econômicos e ambientais. Trata-se de um sistema em que três culturas diferentes são cultivadas em um mesmo campo, uma após a outra, durante três anos (ou três safras).
A rotação de culturas em sistema trienal é uma prática importante no manejo agrícola por proporcionar uma série de vantagens, como a melhoria da fertilidade e da estrutura do solo, redução da incidência de pragas e doenças, melhor controle de plantas daninhas, maior sustentabilidade, aproveitamento econômico e aumento da produtividade.
Um exemplo de rotação de culturas em sistema trienal é, por exemplo, cultivar milho no primeiro ano (gramínea), feijão no segundo ano (leguminosa) e trigo no terceiro ano (ou outra gramínea diferente).
A sustentabilidade da agricultura moderna, com elevada demanda e pressão ambiental, exige o aperfeiçoamento contínuo dos sistemas de produção. É nesse contexto que a rotação de culturas é uma alternativa importante, principalmente em regiões tropicais, onde as condições climáticas favorecem grande dinamismo biológico e físico-químico dos ecossistemas.
Vale ressaltar que o sucesso desse sistema de produção depende do conhecimento das particularidades de cada região, considerando que variáveis climáticas e socioeconômicas influenciam na decisão da rotação mais apropriada e no manejo a ser utilizado para alcançar benefícios e minimizar os riscos da lavoura.
A rotação deve seguir uma sequência planejada de diferentes culturas, preferencialmente com sistemas radiculares diferentes como, por exemplo, gramíneas e leguminosas, em que cada espécie tem um efeito residual positivo para o solo, meio ambiente e para a cultura seguinte. As espécies escolhidas devem ter, ao mesmo tempo, propósitos comerciais e de recuperação do solo.
São inúmeras as vantagens da rotação de culturas em sistema trienal. Além da produção agrícola diversificada, tal prática melhora as características físicas, químicas e biológicas do solo, auxilia no controle de plantas daninhas, doenças e pragas, além de repor a matéria orgânica e proteger o solo da ação dos agentes climáticos. Para minimizar a ocorrência de pragas e doenças, deve-se considerar o ciclo e os hábitos destes, o tipo de patógeno e o sistema implementado.
A rotação de culturas em sistema trienal ou simples (com duas culturas) deve ter flexibilidade conforme as particularidades regionais e as metas de comercialização da produção. As espécies vegetais escolhidas na rotação devem ser consideradas a partir de critérios que combinem a cobertura do solo e o potencial comercial.
Seja simples (duas culturas) ou trienal (com culturas em sequência), a ideia é a mesma, ou seja, alternar o plantio anual ou por safra entre gramíneas e leguminosas. A escolha das culturas, todavia, depende de fatores como o objetivo do agricultor e as condições da área.
Ambos os tipos de rotação de cultura contribuem para o aumento do rendimento das lavouras, o que torna a produção agrícola mais capaz de aliar rendimento com menor impacto ambiental.
Vale destacar que, no atual cenário de mudanças climáticas, com a necessidade crescente de preservação do meio ambiente, os sistemas de rotação de culturas assumem papel ainda mais importante na proteção do solo contra as intempéries climáticas.
A rotação de culturas ajuda na preservação do solo ao reduzir a erosão, ao mesmo tempo em que aumenta a matéria orgânica, a fertilidade e o equilíbrio nutricional. Também favorece o sequestro de carbono no solo, reduz a infestação de plantas daninhas e melhora a infiltração de água, diminuindo o escoamento superficial.
As plantas de cobertura usadas na rotação de culturas em sistema trienal ainda beneficiam na diminuição de perdas por lixiviação de nutrientes solúveis. Para maximizar esses efeitos, é essencial integrar a rotação ao plantio direto, visando alta produção de palha e resíduos vegetais no contexto da rotação.
O plantio direto é uma prática conservacionista que consiste na semeadura direta sob a palhada da cultura anterior ou de plantas cultivadas para esse fim, produzindo vantagens como a cobertura do solo com plantas (cobertura viva) ou com resíduos (cobertura morta). Isso leva a proteção do impacto da chuva, no comportamento térmico e hídrico do solo, entre outros benefícios.
A monocultura é um modelo agrícola que tende a provocar a degradação física, química e biológica do solo, esgotando-o. A prática leva à diminuição da disponibilidade de nutrientes e prejudica o desenvolvimento do sistema radicular.
Outra consequência é o acúmulo de substâncias tóxicas específicas ou inibidores de crescimento, o que favorece ocorrência de pragas, doenças e plantas daninhas, consequentemente exigindo então o uso de mais insumos.
Causando a queda da produtividade por área ou a manutenção de baixas produtividades das culturas, a longo prazo a monocultura é um modelo que prejudica a sustentabilidade econômica e ambiental da lavoura.
A rotação de culturas pode ser iniciada logo após o fim do ciclo de uma cultura principal. O ideal é que a rotação seja planejada antes do início da safra, definindo então os ciclos de 2 ou 3 anos - a chamada rotação de culturas em sistema trienal.
Para obter maior eficiência na capacidade produtiva do solo, o planejamento da rotação de culturas deve prever, de preferência, o uso de plantas comerciais associadas a plantas de cobertura que produzam elevada quantidade de biomassa e que tenham rápido desenvolvimento.
Uma boa dica é o cultivo de plantas forrageiras, gramíneas e leguminosas, anuais ou semiperenes, pois são apropriadas para essa finalidade. Deve-se também dar preferência a plantas fixadoras de nitrogênio, com sistema radicular profundo e abundante, o que ajuda na reciclagem de nutrientes.
Entre as diversas opções, destacam-se aveia, milheto, espécies forrageiras tropicais (ex.: braquiária e panicum), tremoço, girassol, guandu, nabo forrageiro, crotalária e mucuna-preta, que podem ser cultivadas em diferentes épocas e regiões do país, de acordo com as condições edafoclimáticas e objetivos do produtor.
Alguns produtos ajudam o agricultor a colocar em prática a rotação de culturas em sistema trienal. É o caso dos condicionadores de solo e fertilizantes com algas marinhas, úteis na transição de um sistema para outro.
O BioGain Fúlvico 70, por exemplo, produzido pela Rigrantec, é um condicionador de solo e fertilizante organomineral, com alta concentração de ácidos fúlvicos extraídos da rocha Leonardita. Ele melhora as propriedades do solo, proporciona maior disponibilidade de nutrientes, aumenta a retenção de água e estimula o desenvolvimento radicular.
Já o BioGain Húmico 80 é um condicionador de solo e fertilizante organomineral formado pela parte nobre e mais ativa da matéria orgânica, com alta concentração de ácidos húmicos extraídos da rocha Leonardita. Também da Rigrantec, o produto atua como condicionador de solo melhorando suas propriedades físicas, químicas e biológicas.
Por sua vez, o BioGain Liq A50 é ideal para o estímulo do desenvolvimento das raízes, sendo o mais concentrado fertilizante organomineral líquido do mercado, à base de extrato de algas marinhas da espécie Ascophyllum nodosum originárias do norte da Europa.
O BioGain Liq A50 atua em várias fases do desenvolvimento das plantas, desde o enraizamento até a produção de flores e frutos, favorecendo um melhor equilíbrio fisiológico e produtividade. Além disso, ele otimiza a capacidade fotossintética, retarda a senescência das folhas e favorece o desenvolvimento geral das culturas.
Quer saber mais sobre os produtos que podem auxiliar na rotação de culturas em sistema trienal? Então confira o site da Rigrantec ou, se preferir, mande uma mensagem pelo WhatsApp para os nossos atendentes especializados.