Dosagem e aplicação precisas: fundamentos da nutrição foliar eficaz

A adubação foliar consiste em fornecer nutrientes para plantas por meio da própria folha e não pelo solo. O adubo foliar é uma técnica complementar a nutrição das plantas, com o fertilizante foliar sendo pulverizado sobre as folhas. 

Tal como via solo, a adubação foliar fornece macro e micronutrientes para as plantas. A diferença é a rápida resposta das plantas, além de contribuir para o aumento da produtividade. Micronutrientes como zinco, ferro, cobre e boro são absorvidos rapidamente por meio desse tipo de adubação, ajudando no desenvolvimento da planta. 

Antes de usar nutriente foliar, é importante você conhecer os fundamentos da nutrição foliar eficaz, afinal, o método não substitui a adubação via solo, elas são complementares, de modo a atender a demanda das plantas por nutrientes. 

Qual é a importância da dosagem precisa na aplicação de nutrientes foliares para as plantas?

O nutriente foliar precisa ser fornecido no período em que a planta é mais exigente.  

O fertilizante foliar aplicado sobre as folhas é mais rapidamente assimilado pela planta do que via solo, porém, seu aproveitamento é de curto prazo. Por isso, é importante que os nutrientes sejam aplicados nas fases fenológicas em que a planta tem maior capacidade de resposta à adubação. É isso que garantirá o aumento da produtividade.

Conhecer os fundamentos da nutrição foliar eficaz e qual dosagem utilizar, é vital para o sucesso da aplicação do adubo foliar. Afinal, uma dosagem insuficiente pode resultar em deficiências nutricionais, afetando a produtividade e a qualidade dos cultivos. Por outro lado, nutrientes em excesso podem levar à toxicidade, prejudicando o crescimento e até mesmo causando a morte das plantas. 

Assim, siga as recomendações do fabricante do produto e do profissional responsável pela adubação foliar. Cada produto apresenta dosagem, diluição e modo de aplicação específico.

Como determinar a dosagem ideal de nutrientes foliares para diferentes tipos de culturas?

A dosagem ideal de nutriente foliar varia conforme as necessidades específicas de cada cultura. Também é preciso considerar fatores como: tipo de solo, estágio de crescimento da planta, condições climáticas e demandas nutricionais. 

A análise de solo e foliar são importantes para dimensionar a dosagem, além da consulta a especialistas e o uso de tabelas de recomendação de nutriente para plantas conforme a cultura. Vale destacar qual a expectativa de colheita, o que também interfere na decisão da dose. 

Os fundamentos da nutrição foliar eficaz envolvem conhecimento amplo. A adubação do milho, por exemplo, é realizada através das folhas principalmente no período vegetativo, durante a fase inicial de desenvolvimento das plantas. 

A adubação foliar em soja também é bastante eficiente porque a cultura é muito exigente em nutrientes. Porém, a quantidade de nutrientes fornecidos na adubação foliar não substitui a adubação via solo.

Como podemos ajustar a dosagem de nutrientes foliares com base nas necessidades específicas das plantas em diferentes estágios de crescimento?

Para ajustar a dosagem do adubo foliar é necessário entender as demandas de cada etapa de desenvolvimento da planta (crescimento vegetativo e ciclo reprodutivo). As demandas nutricionais variam ao longo do ciclo de vida da planta, por isso é preciso ajustar a dose conforme o estágio de crescimento. 

Geralmente, as aplicações ocorrem em períodos críticos de crescimento em momentos em que haja uma demanda nutricional específica ou em situações adversas do solo que comprometam a nutrição mineral da planta. Desse modo, o uso adequado do fertilizante foliar deve seguir a necessidade nutricional da cultura e, assim, se tem os parâmetros de ajustes. 

Além disso, muitas vezes as plantas durante sua fase de desenvolvimento e produção necessitam de quantidades de nutrientes que superam sua capacidade de extração, mesmo que exista abundância do nutriente no solo. Todos esses fatores precisam ser considerados nos fundamentos da nutrição foliar eficaz.

Quais são os sinais de excesso ou falta de nutrientes foliares nas plantas e como podemos corrigir isso por meio da dosagem adequada?

Os sinais de desequilíbrio nutricional da planta podem se manifestar de várias formas. Isso inclui mudanças na coloração e o desenvolvimento anormal das plantas, abortamento ou baixo “pegamento” de flores, assim como a redução na produção de frutos. Por isso, é fundamental monitorar as plantas regularmente para corrigir os desequilíbrios e ajustar a dose de nutriente para plantas conforme necessário. 

Um método pontual para quantificar a deficiência de nutrientes é através da análise do tecido foliar. 

Os sinais de deficiência nutricional na planta também variam conforme a função que o nutriente em desequilíbrio causa na planta. Folhas verde-pálidas e amarelas são sinal de deficiência de nitrogênio; folhas opacas, sem brilho, com tons verde-azulados ou roxos são deficiência de fósforo; já queimadura e amarelecimento ao redor das bordas das folhas indicam deficiência de potássio. O amarelecimento irregular, com um triângulo verde na base da folha ou formas de cor laranja, vermelho brilhante ou queimadura são sinais de deficiência de magnésio.

Qual é o impacto da aplicação inadequada de nutrientes foliares na saúde e no desenvolvimento das plantas?

A aplicação inadequada de nutriente foliar causa uma série de consequências na planta, o que reforça a importância de conhecer os fundamentos da nutrição foliar eficaz. 

Entre os impactos está o comprometimento da capacidade de crescimento da planta, resistência a pragas e doenças, além da baixa produção de grãos e frutos. O desperdício de recursos e uma possível contaminação ambiental também são preocupações relacionadas à incorreta aplicação do fertilizante foliar. 

O processo de adubação foliar requer precisão na quantidade de adubo aplicado devido a limitação da superfície foliar na absorção de nutrientes em grandes volumes, o que pode ser contraproducente quando existe excesso. Portanto, a prática do adubo foliar recomenda o uso de pulverização fracionada, com fertilizantes de maior assimilação e de maneira parcimoniosa. 

Afinal, dependendo da dosagem e das condições ambientais em que a adubação foliar for realizada, pode ocorrer a queimadura das folhas e de plantas jovens.