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O que fazer quando as folhas começam a cair

Postado em 06 de fevereiro 2025



Existem muitas doenças que podem causar danos à lavoura e afetar a qualidade da cultura. Alguns dos principais problemas são a desfolha precoce, o tombamento de plantas e a queda de folhas, al...


Existem muitas doenças que podem causar danos à lavoura e afetar a qualidade da cultura. Alguns dos principais problemas são a desfolha precoce, o tombamento de plantas e a queda de folhas, além da maturação antecipada, a redução da atividade fotossintética e a diminuição do estande de plantas.

No caso de plantas agrícolas ou frutíferas, a queda de folhas é um sinal de alerta, um indicativo de que pode haver problema sério na produção. Embora em algumas árvores caducifólias a queda de folhas seja um processo natural, em plantas cultivadas esse fato normalmente está relacionado a fatores adversos que impactam a saúde das plantas e, consequentemente, a produtividade.

Se você vê suas folhas caírem e não sabe como agir, esse artigo é para você. Siga a rápida leitura e aprenda como agir para corrigir o problema!

Por que as folhas caem?

As folhas podem cair por diversas razões. As causas podem ser fatores naturais ou condições adversas no ambiente, como variações bruscas de temperatura, excesso ou falta de água e exposição inadequada à luz, ou até mesmo o ataque de pragas.

A queda de folhas também pode ter origem na deficiência nutricional, como a falta de nitrogênio ou potássio, dois nutrientes que são essenciais para o desenvolvimento das plantas. Vem daí a importância do manejo nutricional das lavouras, com práticas que buscam oferecer os nutrientes necessários para que a planta cresça de maneira saudável e atinja o máximo potencial produtivo.

Resumidamente, é possível dizer que plantas que recebem os nutrientes certos, na quantidade e momento adequado, são mais resistentes às pragas, doenças e condições climáticas adversas. O manejo nutricional segue princípios fundamentais que garantem a eficácia das práticas aplicadas, desde a análise das condições do solo até a implementação de tecnologias para o uso eficiente dos insumos.

Outra causa comum da queda de folhas são doenças e pragas. Infestações de insetos como ácaros ou cochonilhas podem enfraquecer as folhas, enquanto doenças fúngicas, como o míldio, podem danificar tecidos vegetais e levar à queda. No caso do trigo, por exemplo, a ferrugem da folha é uma doença fúngica que se manifesta normalmente na região superior do limbo foliar, com pústulas em formato ovalado e de coloração marrom-alaranjada.

É comum que o problema da queda de folhas seja agravado pelo manejo errado do solo ou a falta de monitoramento, cujo resultado pode ser o estresse hídrico e outros desequilíbrios. No caso dos citros, a perda de folhas é um problema particularmente grave por atrasar o crescimento das árvores e reduzir o enchimento dos frutos. 

Já no cafeeiro, as principais causas de desfolha costumam ser o desgaste da folhagem associada a deficiências nutricionais; ataque de pragas e doenças; desfolha mecânica na colheita por queimaduras de pulverizações; e condições climáticas adversas, como estiagem, granizo, geada, ventos frios e desequilíbrio em temperaturas.

Como identificar a causa da queda?

Conhecer e identificar a causa da queda das folhas é o primeiro passo para saber lidar com o problema. A começar pela observação das folhas, pois mudanças na coloração, como o amarelamento, e sinais de murcha ou deformações podem indicar deficiências nutricionais ou doenças.

Perceber o correto fornecimento de nutrientes apenas pelo olhar é uma prática comum na lavoura. A análise dos nutrientes por meio das folhas pode permitir a descoberta de um problema antes mesmo de surgirem os sintomas visuais. Sintomas de deficiência nutricional costumam ter três características: ser generalizado no pomar; ter gradiente, ou seja, dependendo do elemento, as folhas mais velhas ou as mais novas serem mais afetadas; e ser simétrico, o que significa que toda a planta apresentará o sintoma de modo uniforme, normalmente nas folhas.

Quando não há sintoma de deficiência aparente ou de desequilíbrio nutricional, uma boa ação é a análise foliar, um método químico que quantifica o teor de cada nutriente na amostra. A análise do solo também contribui para a identificação, pois solos compactados ou pobres em nutrientes agravam a situação. Assim, a análise de solo tem a função de se antecipar ao problema e permitir mais tempo e assertividade no uso racional dos corretivos e fertilizantes.

Os modos de identificação, todavia, não param por aí. Folhas com manchas escuras, furos ou bordas ressecadas costumam indicar problemas causados por fungos ou pragas. Também é fundamental considerar as condições ambientais. Seca longa ou chuva em excesso pode estressar a planta e levar à queda das folhas.

Por fim, consultar um profissional da área agrícola e realizar análises laboratoriais é sempre recomendado para confirmar diagnósticos e definir os rumos a seguir para resolver ou minimizar o problema.

Não esqueça: a identificação precoce dos sinais é a chave para evitar danos mais severos.

Soluções práticas para o problema

Vale ter em mente que para cada problema há uma solução. Se o problema for a infestação de pragas, o manejo integrado de pragas, método que combina diferentes estratégias para minimizar os danos, é uma prática recomendada. O sistema de manejo considera o uso de todos os métodos de proteção de plantas disponíveis, com o objetivo de integrar diversas medidas de controle para manter o nível populacional das pragas abaixo do nível de dano econômico.

Os métodos podem ser via controle cultural, controle biológico, comportamental, genético, varietal e químico. O fato de ampliar os métodos de controle resulta em diminuição no uso de defensivos agrícolas, ainda que possa recorrer ao controle químico se realmente necessário. Se isso for inevitável, o uso de adjuvantes agrícolas otimiza os defensivos, seja na segurança das aplicações ou no aumento da eficácia dos defensivos.

Afinal, o produto modifica a calda de pulverização, visando garantir ou mesmo aumentar a eficiência dos produtos aplicados, sejam fertilizantes ou defensivos (herbicidas, fungicidas, inseticidas). A Rigrantec oferece diversas soluções de adjuvantes, como redutor de espuma, antideriva, redutor de pH, além de produtos como, limpa tanque e limpador de fuso de colhedoras de algodão.

Nunca é demais enfatizar que a aplicação de fungicidas ou outros tratamentos específicos deve ser feita seguindo orientação técnica. No caso dos fungicidas, deve-se cuidar a dose correta, a época e as condições da aplicação que possibilitem o controle efetivo dos patógenos.

Não devemos esquecer que ajustes no manejo da irrigação e da fertilização também podem ser vitais. Fornecer a quantidade certa de água e nutrientes permite a planta se recuperar mais rápido e resistir a novos episódios de estresse.

Outra solução é a realização de podas de limpeza, que ajudam a remover partes infectadas ou danificadas, melhorando a circulação de ar entre as plantas e reduzindo a disseminação de doenças. O uso de bioestimulantes e corretivos de solo, como calcário ou gesso agrícola, também pode fortalecer as plantas e prevenir novos problemas.

Como prevenir a queda das folhas?

A prevenção é sempre a melhor estratégia para evitar problemas futuros. Nesse sentido, faz toda diferença entender em qual momento cada praga pode causar mais prejuízos e quando é necessário adotar medidas preventivas. Identificar o estádio de desenvolvimento das plantas também é essencial, pois garante que os métodos de controle, especialmente o químico, sejam feitos no momento certo.

Outro método eficaz é o manejo preventivo, como a rotação de culturas e o plantio de variedades resistentes, medidas que reduzem bastante a chance de doenças e pragas. Também não se pode deixar de manter o solo bem cuidado, com níveis adequados de nutrientes e pH equilibrado, para que as plantas tenham condições ideais de se desenvolverem.

O monitoramento contínuo é outra ação importante para prevenir a queda das folhas. A análise foliar, por exemplo, mostra o estado nutricional das culturas com base no teor total de nutrientes em folhas de referência e em fases nutricionais críticas. De modo geral, as inspeções regulares das plantas possibilitam achar sinais precoces de estresse ou infestação, o que facilita intervenções rápidas. Tecnologias como sensores de solo e armadilhas para pragas são bons aliados nesse processo.

O planejamento agrícola também tem papel crucial. Ajustar o calendário de plantio às condições climáticas locais e investir em sistemas de irrigação eficientes, ajuda a evitar o estresse hídrico da planta.

Conclusão

O produtor precisa ter a rotina de analisar o solo e as folhas, pois esse hábito permite diagnosticar com antecedência a saúde da cultura, incluindo a oferta de nutrientes, e atuar para corrigir se algum problema for identificado. São muitas as possibilidades que levam à queda das folhas e conhecê-las é o melhor caminho para não se pego desprevenido e sofrer prejuízos.

 

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