Postado em 07 de fevereiro 2022
Quando falamos em solo, talvez você se lembre das aulas de geografia, em que estudávamos que o solo é um recurso natural renovável, que suporta as plantas e carrega em sua composição os nutrientes para as plantas. Mas, na realidade, quando utilizamos o solo para a agricultura, devemos nos atentar a muitos detalhes, como o clima da região, o histórico de volume hídrico, a textura do solo, a estrutura, a densidade, a porosidade e a consistência do solo. Todos esses fatores são essenciais para definir a cultura e os tipos de fertilizantes agrícolas mais adequados para a agricultura.
Os fertilizantes são insumos agrícolas fundamentais para o agronegócio. São usados desde os primórdios da agricultura para melhorar o nível de produtividade do solo. Ureia, esterco, adubo são exemplos bem conhecidos de nossos produtores rurais. São de uso comum entre pequenos, médios e grandes empreendedores. Com o avanço da tecnologia e da ciência, foram desenvolvidas novas formas de fertilizar a terra ou as formas mais tradicionais passaram por processos de combinação e melhoria.
Para você ter uma ideia do tamanho desse mercado, a cada ano a demanda pelo produto cresce no agro, chegando a mais de 43,8 milhões de toneladas em 2021 — aumento de cerca de 8% em relação a 2020 (Guia Exame Agro, 2021).
Isso só mostra que o agro brasileiro tem notado a importância da fertilização do solo e da nutrição de plantas para o aumento da produtividade no plantio. Aliás, também está incluída nessa conta a preservação do meio ambiente, já que a maior produtividade por hectare quer dizer menos necessidade de expansão de áreas cultiváveis.
Então, para ajudar você a entender melhor um pouco desse mundo de possibilidades, vamos comentar neste artigo mais detalhes sobre fertilização do solo e nutrição das plantas, quando usar fertilizante foliar, do que se trata a fertirrigação e muito mais temas interessantes para a agricultura!
Fertilizantes são compostos que servem para corrigir as deficiências nutricionais do solo e complementam a nutrição das plantas no plantio ou durante o desenvolvimento delas. Esses compostos podem ser orgânicos ou minerais, naturais ou sintéticos.
Os fertilizantes fornecem nutrição aos vegetais por meio de elementos químicos necessários as plantas. Esses elementos químicos são nutrientes que suplementam o fornecimento natural do solo para que as plantas se desenvolvam mais saudáveis e produtivas.
Entre suas principais funções, podemos destacar a redução do tempo de colheita e a melhoria da produção, indispensáveis para uma boa safra. Os aceleradores de desenvolvimento, como o nome deixa claro, permitem que o vegetal alcance sua fase produtiva com mais rapidez e com um potencial mais alto. Isso decorre do efeito bioestimulante das algas marinhas presentes na composição do produto, aliado a uma dose balanceada.
Por exemplo, alguns dos nutrientes mais básicos formam o famoso trio NPK: nitrogênio, fósforo e potássio, respectivamente. As proporções necessárias de cada um variam de acordo com o cultivar, os objetivos para cada cultura e o estádio de desenvolvimento de cada cultura, assim avaliamos melhor as necessidades de uso.
Uma sugestão é BioGain NPK, um adubo foliar, fertilizante mineral líquido à base de algas marinhas e com adição de NPK na proporção 5-26-5. É recomendado para todas as culturas, sendo ideal para a fase inicial de desenvolvimento das plantas e também para a produção de mudas.
Veremos mais sobre cada tipo e suas classificações mais adiante!
Existem estes três tipos de fertilizantes: os minerais, os orgânicos e os organominerais, para adubação das culturas e correção de deficiências nutricionais. Aqui vale uma observação importante: embora se fale em “fertilizante artificial”, esse termo não é correto, embora seja muito utilizado para buscas na internet quando se quer saber mais sobre essa área da agricultura.
A expressão “fertilizante sintético” acaba gerando certa confusão, já que os fertilizantes sintéticos são compostos químicos que visam suprir as deficiências em substâncias vitais à sobrevivência dos vegetais. Sem esses compostos adicionais, os vegetais conseguem se desenvolver, mas de forma mais lenta. Preferencialmente com a orientação de um agrônomo, os agricultores adicionam esses adubos para suprir as deficiências e aumentar a produtividade.
Fertilizantes minerais são constituídos de compostos inorgânicos.
Também é interessante saber que eles são obtidos a partir de, por exemplo, rochas ricas nos elementos químicos necessários, principalmente por meio de processos industrializados para o alcance de composições mais precisas de cada nutriente.
Esse processo de obtenção pode, ainda, otimizar a dissolução dos compostos no solo, favorecendo a absorção deles pela planta.
Os fertilizantes minerais não são todos iguais! Veja quais são os diferentes tipos de acordo com a composição:
Dentro das categorias de fertilizantes minerais, temos diferentes apresentações – as sólidas e as líquidas.
Os fertilizantes líquidos têm a vantagem da rápida absorção dos nutrientes e são pulverizados nas folhas. Por este motivo também facilitam uma aplicação mais uniforme.
Os fertilizantes granulados são utilizados principalmente na adução de base, pois são nutrientes que as plantas necessitam em maiores quantidades. No entanto, são classificados como macronutrientes, e em sua maioria são nutrientes que ajudam a fornecer energia às plantas.
Além da apresentação física, temos diferentes composições químicas que veremos logo abaixo.
Fertilizantes orgânicos são produtos obtidos a partir de matérias-primas de origem vegetal ou animal, tendo uma composição com menor concentração de nutrientes minerais.
Exatamente por isso, são utilizados em quantidades maiores para obter resultados semelhantes ou iguais aos fertilizantes minerais na agricultura.
Os resíduos orgânicos também ajudam na fertilidade dos solos desde o plantio, melhorando a agregação, a estrutura, a aeração, a drenagem e a capacidade de armazenagem do solo.
Quais são os componentes dos fertilizantes orgânicos? Dentro do grande guarda-chuva dessa categoria, existem algumas subclassificações que vale a pena conhecer. Veja quais são:
Fonte: Embrapa
Fertilizantes naturais são compostos obtidos a partir de restos de legumes, frutas, animais, vegetais e outros. O lixo biodegradável do dia a dia das nossas casas. A decomposição natural desses compostos biodegradáveis gera o fertilizante natural ou caseiro.
Através da compostagem, conhecida como o processo de reciclagem do lixo orgânico, transforma-se a matéria orgânica encontrada no lixo em adubo natural, que pode ser usado na agricultura, em jardins e em plantas de vaso, substituindo o uso de produtos químicos.
Podemos dizer então que a expressão fertilizante natural se trata de um termo popular para denominar os fertilizantes orgânicos caseiros.
Existem diversos fertilizantes caseiros, mas os 4 tipos mais conhecidos de fertilizantes naturais utilizados em plantas são:
“Fertilizantes organominerais” pode parecer um nome até um pouco complexo, mas seu conceito é simples.
Eles são obtidos por meio de uma mistura ou combinação dos fertilizantes minerais e orgânicos, respeitando as proporções estabelecidas pelo MAPA (Instrução Normativa nº 61, de 8 de julho de, 2020) citadas abaixo para esses insumos. Assim, podem trazer o que de melhor suas matérias-primas oferecem.
Os fertilizantes organominerais condicionadores do solo são produtos agrícolas com a função de melhorar aspectos químicos, físicos e biológicos da terra. Esse tipo de fertilizante contribui para recuperar a estrutura, a fertilidade e o conjunto de microrganismos que habitam o local (microbiota).
Os condicionadores organominerais fornecem um ambiente mais favorável ao desenvolvimento saudável e completo das plantações.
Um bom exemplo de fertilizante condicionador do solo é Soliz, que cria as condições ideais para o desenvolvimento da raiz em solos e substratos. Trata-se de um organomineral, um adubo que deve ser aplicado nas folhas, com formulação líquida que combina substâncias húmicas, fornecedores de potássio e extratos de algas marinhas.
Os fertilizantes organominerais, de uma forma resumida, são produtos resultantes da mistura física ou combinação de fertilizantes minerais e orgânicos.
Essa combinação estratégica de fertilizantes orgânicos com minerais apresenta algumas vantagens para a agricultura em relação a suas matérias-primas separadas.
A primeira vantagem é que a concentração de nutrientes é elevada, o que diminui a quantidade necessária de produto.
Pesquisas também mostram que fertilizantes organominerais melhoram fatores de crescimento das plantas, como rendimento e absorção de nutrientes, aumentando a produtividade de vegetais por hectare.
A parte orgânica dos compostos ainda favorece o fortalecimento da microbiota do solo, que contribui para o desenvolvimento de cultivares e para a saúde do solo como um todo.
Para definir os fertilizantes para o plantio e a manutenção da sua cultura, é preciso observar as características específicas da sua região e da cultura que pretende produzir. É importante também fazer uma análise de solo, avaliando as necessidades reais para suprir as deficiências nutricionais do solo, porque isso varia muito de acordo com a região, o clima etc. Essa análise geralmente é feita uma vez ao ano, antes do plantio, por um agrônomo.
Entretanto, depois de definir a quantidade de cada nutriente necessário para o solo, pode-se complementar a adubação via foliar nos estádios indicados da cultura (resumidamente: semeadura, brotação, floração, frutificação etc.) e do objetivo para o cultivo (desenvolvimento de raiz, estrutura de planta, enchimento do grão, evitar abortamento de flor e qualidade do frutos pós-colheita).
Os fertilizantes desse grupo se caracterizam por ajudarem na recuperação do vegetal depois que ele passa por algum estresse. Isso ocorre em situações diversas, como:
A planta necessita se ajustar a essas condições do meio ambiente, o que faz com que ela consuma toda sua energia na tentativa de sobreviver às adversidades. Uma consequência é que ela deixa de produzir.
Um produto recomendado é o BioGain Plus. O fertilizante ajuda a direcionar a energia da planta para a produção. Devido às algas marinhas e aos aminoácidos, ele regula o processo metabólico do vegetal. Desse modo, não há desperdício de energia, já que o consumo energético é orientado para os aspectos produtivos. A superação do estresse acontece, portanto, sem comprometer a vitalidade da planta.
O BioGain Plus também é um organomineral com formulação líquida e à base de algas marinhas e aminoácidos.
Esses são fertilizantes muito usados por agricultores e você pode usá-los também em seu agronegócio. Os produtos da linha BioGain são confiáveis e sustentáveis.
Produtividade é fundamental no agronegócio e o fertilizante está entre os mais importantes insumos agrícolas, pois contribuem para uma melhor produção da lavoura.
Todas as plantas cultivadas na agricultura com fim comercial necessitam de adubação, principalmente os cereais, as frutíferas e hortifrúti em geral, pois exigem um cuidado maior com sua nutrição. Assim, esses vegetais entregam um maior número de grãos, frutos maiores e saborosos, folhas maiores e de qualidade, e com tudo isso também contribuem para o meio ambiente, porque plantas mais saudáveis que têm maior resistência a doenças e consequentemente não têm tanta necessidade do uso de defensivos.
Culturas utilizadas no paisagismo, como grama, flores, folhagens, plantas ornamentais em geral, também necessitam de cuidados especiais em sua adubação. É sempre importante contar com apoio técnico para suprir as demandas nutricionais corretas das plantas.
Agora que você já tem algumas informações relevantes sobre os diferentes tipos de adubo, provavelmente quer saber como são usados os fertilizantes.
As principais formas de aplicação dos fertilizantes são: via solo, pulverização (via foliar) e através de fertirrigação.
Vamos ver o que significa cada uma delas?
Aplicados no solo, os fertilizantes de solo são uma poderosa forma de repor os nutrientes disponíveis para os vegetais, contribuindo também para a longevidade do cultivo num mesmo espaço.
Na adubação via solo, os fertilizantes (sejam eles químicos e/ou orgânicos) devem ser aplicados no solo, assim as plantas fazem a absorção dos nutrientes gradativamente através das raízes, suprindo sua demanda nutricional. A adubação no solo pode ser na linha, na hora do plantio, em que o implemento da máquina larga o adubo e a semente em profundidades diferentes para não salinizar a semente.
A adubação a lanço é uma técnica que possibilita fazer a adubação antecipada total ou parcial do volume de fertilizante que uma cultura necessita. Uma das vantagens do sistema é tornar a semeadura mais rápida, gerando ganho em tempo e produtividade, pois permite uma faixa de aplicação de fertilizantes a lanço de até 36 m.
O fertilizante foliar é aplicado via pulverização, diretamente na planta, e é absorvido principalmente por meio das folhas. Pode ser complementar a outros tipos de adubação, como a fertilização via solo.
A grande vantagem do processo da nutrição foliar é a rápida absorção da planta. Um exemplo claro é quando a planta está com deficiência de alguns nutrientes: para suprir essa necessidade, a forma mais rápida e eficaz é via foliar, por isso é tão importante.
O fertilizante foliar geralmente é vendido como líquido concentrado ou em pó para ser feita a diluição com água, e deve ser diluído conforme as instruções do fabricante. Depois de diluído, ele pode ser aplicado através da fertirrigação, com pulverizadores autopropelidos ou pulverizadores costais. Em cultivos caseiros, podem ser utilizados até mesmo borrifadores manuais!
A concentração química de fertilizantes para solo e para aplicação nas folhas é diferente. Então, se você aplicar fertilizante foliar no solo, provavelmente não será suficiente, e o custo não compensará.
A fertirrigação é a aplicação de fertilizantes junto à irrigação da lavoura, ou seja, a água aplicada nas plantas e no solo transporta também nutrientes.
Com isso, não é necessário, por exemplo, aguardar a chuva para dissolver o produto, como pode acontecer com fertilizantes granulados aplicados no solo. No caso da fertirrigação, é necessário observar a eficiência da dispersão, se forem usadas as técnicas de microaspersão, canhão ou gotejamento.
Com tudo o que vimos até aqui, ficam claros os benefícios para as plantas e para o solo se você souber como fazer a adubação de forma cuidadosa e usando os produtos mais adequados, certo?
Quando o manejo do fertilizante é correto, os pontos positivos se notam por meio da maior produtividade por área; as plantas ganham maior resistência a variações extremas do clima, doenças ou pragas. Frutas e cereais, por exemplo, se desenvolvem com mais qualidade e há menos perdas, entre outras vantagens.
Ainda é interessante lembrar que usar os produtos de forma correta, conforme as orientações do fabricante e de profissionais especializados, colabora para a diminuição da perda e do desperdício de insumos e para os cuidados com o meio ambiente.
Por exemplo, observar as deficiências do solo para determinar a dosagem correta evita a aplicação de doses incorretas (tanto para mais quanto para menos). Portanto, a dose exata pode evitar perdas por falta ou por excesso de nutrientes.
Lembre-se: aqui não vale aquele ditado que diz “quanto mais, melhor”!
Para fechar este artigo, temos respostas para algumas afirmações que circulam pela internet a respeito dos fertilizantes.
Acompanhe para não cair em informações falsas!
Mito. O excesso de adubo pode causar perda da produção e até mesmo de plantas inteiras. O correto é fazer uma adubação equilibrada, conforme a demanda da cultivar e de acordo com as necessidades do solo ou da planta.
Mito. Fertilizantes são aplicados no solo ou nas plantas para fortalecer a planta por meio da melhor nutrição e até mesmo diminuem a necessidade de defensivos agrícolas.
Já agrotóxico é um termo usado para definir de maneira geral defensivos agrícolas como inseticidas, fungicidas, herbicidas, inseticidas fumegantes e desfolhantes. Esses produtos são utilizados para minimizar os ataques de pragas, doenças nas lavouras e plantas daninhas.
Mito. Quando aplicados corretamente, os fertilizantes ajudam a produzir frutos, cereais, legumes e verduras mais bem formados e reduzem o desperdício. Para que não haja riscos para o solo e o meio ambiente, eles devem ser aplicados seguindo as orientações de profissionais.
Mito. Ambos têm suas aplicações e podem atender às necessidades das plantas. A fertilização orgânica é usada para aumentar a biodiversidade do solo e a retenção de água e de nutrientes. Além disso, fornece os nutrientes necessários para o desenvolvimento da planta. Já os fertilizantes inorgânicos têm como vantagens as concentrações equilibradas de nutrientes em suas formulações estabilizadas, suprindo as demandas de cada cultura e tipo de solo.
Não existe fertilizante artificial. Existem, sim, fertilizantes sintéticos. Mas o que isso quer dizer? Os fertilizantes sintéticos são obtidos por meio de tecnologia, sob responsabilidade de um químico.
Certamente, a produtividade é um fator essencial para o sucesso do agronegócio. Por isso, convidamos o leitor a conferir as dicas da Rigrantec para ser mais produtivo no setor agrícola!
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Ufa! Essa foi uma verdadeira viagem por muitos dos tópicos fundamentais para começarmos a entender o que são fertilizantes, não é mesmo?
Esperamos que tenha sido uma leitura informativa!
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