Inovações tecnológicas na agricultura: o impacto dos drones na produtividade

Há novidades que levam algum tempo para serem aceitas e ganhar a confiança do produtor rural até serem definitivamente incorporadas no dia a dia do trabalho no campo. Não é o caso dos drones no agronegócio. O equipamento rapidamente se transformou numa das principais inovações tecnológicas na agricultura.

Capaz de ser usado tanto para pulverizar com precisão somente as áreas escolhidas quanto para captar imagens em alta resolução e elaborar estratégias de manejo, os drones cada vez mais ganham os ares das lavouras Brasil afora.

O impacto dos drones na produtividade agrícola tem sido altamente positivo, dando mostras de que a tecnologia veio para ficar. Quer entender mais como isso funciona? Siga a leitura!

Quais inovações tecnológicas os drones trouxeram para a agricultura?

Nas últimas décadas, o agronegócio tem sido um terreno fértil para incorporar inovações tecnológicas na agricultura. Os exemplos são muitos em cada etapa do processo, desde a evolução em maquinários até o tratamento de sementes e o uso de softwares de gestão. No meio desse processo, o uso de drone na agricultura foi um advento quase natural após o aparelho revolucionar a indústria do vídeo e do cinema.

Uma das inovações dos drones no agronegócio é o sistema de navegação por GPS. O sistema permite voo autônomo aliado ao mapeamento preciso das áreas agrícolas, cujo resultado é uma ampla e efetiva cobertura da lavoura.

Outra inovação tecnológica na agricultura trazida pelo drone é o processamento de imagens. O aparelho é equipado com câmeras de alta resolução que capturam imagens detalhadas das culturas, o que permite a análise precisa da cobertura vegetal, da densidade do plantio e dos padrões de crescimento da planta. Depois, os dados coletados são analisados para criar mapas de saúde das plantas, índices de vegetação e recomendações de manejo. Exemplos da revolução dos drones para agricultura!

Há ainda a inovação em usar o drone na pulverização de insumos agrícolas, como fertilizantes e defensivos, diminuindo o desperdício e aumentando a eficácia da aplicação.

A aplicação com drones, além de garantir alcance em áreas de difícil acesso, ainda contribuem para evitar a compactação do solo. Um problema causado pelo maquinário agrícola.

Como os drones estão sendo utilizados na agricultura para aumentar a produtividade?

Conforme o tempo foi passando e o drone para agricultura foi sendo testado e experimentado, sua utilização se ampliou cada vez mais. Ao ponto de hoje ainda ser possível que novas inovações tecnológicas na agricultura surjam devido ao desenvolvimento dos drones no agronegócio.

Inicialmente, os drones para agricultura serviam para monitorar lavouras, acompanhar a saúde e o estágio delas, como floração ou maturação. A partir das imagens capturadas em alta resolução foi sendo viável identificar áreas de estresse nas plantas, pragas ou doenças, de modo a possibilitar tomar medidas precisas para tratá-las e, desse modo, reduzir perdas e aumentar a produtividade agrícola.

Outro uso importante do drone na agricultura é conferir a qualidade da palhada após a colheita, mapear o desmatamento em florestas densas, além da umidade do solo e a análise de sua fertilidade.

Para aumentar a produtividade, o drone para agricultura começou a ser empregado para pulverizar defensivos agrícolas aproveitando sua capacidade de precisão e, com isso, reduzir o tempo e o custo no processo de gestão do plantio. Há ainda a vantagem de pulverizar somente áreas que necessitam, o que minimiza o desperdício e os custos.

Além das plantações, inovações tecnológicas na agricultura trazidas pelos drones servem para inspecionar infraestruturas agrícolas, como cercas, sistemas de irrigação e galpões, um uso que possibilita a manutenção mais eficiente e econômica.

Quais são as regulamentações vigentes para o uso de drones na agricultura?

Em setembro de 2021, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) emitiu uma portaria inovadora na legislação sobre drones no agronegócio do Brasil. O documento estabeleceu regras para operação de drones com defensivos e afins (adjuvantes, fertilizantes, inoculantes, corretivos e sementes). Pela regra, os operadores das aeronaves remotamente pilotadas (ARPs) devem ser registrados no ministério, fazer curso de aplicação aeroagrícola e apresentar relatórios mensais de atividades. A portaria também proíbe a pulverização a menos de 20 metros de povoações, cidades, agrupamento de animais e mananciais de captação de água.

Recentemente, em maio de 2023, a Resolução nº 710 da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) simplificou as regras para o uso de drone na agricultura. Antes, somente equipamentos com até 25 kg podiam decolar. Agora não há mais limite de peso, embora o aparelho deva sobrevoar apenas áreas desabitadas e sem ultrapassar 120 metros de altura – o equivalente a um prédio de 40 andares.

Até o ano passado, o Brasil tinha cerca de 113 mil drones cadastrados na ANAC, sendo 2,5 mil deles no campo, o que mostra a força das inovações tecnológicas na agricultura.

Quais são as melhores práticas para integrar drones em operações agrícolas?

O primeiro passo para integrar o uso de drone para agricultura é conhecer e respeitar a legislação que regula o aparelho em operações agrícolas. Escolher qual equipamento utilizar exige atenção, considerando a existência de muitos modelos no mercado. Para isso, deve-se levar em conta qual é exatamente a função pretendida com o drone.

Há drones multirotores, ideais para voos curtos e inspeções detalhadas; o modelo de asas fixas, com maior autonomia de voo e recomendado para mapeamento e monitoramento; e ainda o modelo híbrido VTOL (Vertical Takeoff and Landing), com a característica de combinar as vantagens dos modelos anteriores, permitindo decolagem e pouso vertical, além de voos de longa distância.

Após definir os objetivos e escolher o modelo, a etapa seguinte é fazer a coleta de imagens e o processamento dos dados para elaborar estratégias de manejo. Produtores que não possuem os próprios drones ou que preferem terceirizar essa parte do processo, podem contratar profissionais que oferecem serviços com a utilização de drones.

Como os drones podem melhorar a precisão no monitoramento de lavouras e no uso de pesticidas?

Duas características valiosas dos drones para agricultura são a capacidade de captar imagens em alta resolução e, como consequência seguinte, fazer com que tal visibilidade permita um uso apurado da tecnologia.

Na prática, o drone na agricultura possibilita ao produtor rural realizar uma cobertura mais eficiente da sua lavoura. Isso é possível graças a capacidade do aparelho de sobrevoar terrenos variados e com a capacidade de cobrir grandes extensões de modo rápido e eficiente. O resultado significa economia de tempo e recurso, mesmo em áreas de difícil acesso.

As imagens captadas em alta resolução permitem que o drone para agricultura cumpra a função de aplicar insumos agrícolas, como fertilizantes e defensivos, com extrema precisão. Essa precisão milimétrica significa reduzir o desperdício do produtor, além de assegurar que somente sejam tratadas as áreas realmente necessárias e previamente escolhidas para receber a pulverização.

Ambas as práticas são inovações tecnológicas na agricultura que têm mudado muito – e para melhor – o trabalho no campo.