Facebook Instagram LinkedIn YouTube
WhatsApp Button

Quando e como utilizar o drone na agricultura

Postado em 30 de novembro 2022


 

Os drones, também chamados de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), surgiram nos anos de 1960. Seu uso naquela década e na seguinte ainda foi incipiente e apenas durante os anos de 1980...

 

Os drones, também chamados de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), surgiram nos anos de 1960. Seu uso naquela década e na seguinte ainda foi incipiente e apenas durante os anos de 1980 a criação começou a ter destaque. Assim como tantas outras invenções cuja origem é o meio militar e depois se popularizam, como é o caso da própria internet, com os drones não foi diferente.

A possibilidade de reconhecer terrenos, atacar o inimigo ou se defender de um ataque, sem colocar em risco a vida de um soldado, era uma grande e inovadora vantagem militar. Ainda hoje na guerra entre Ucrânia e Rússia drones continuam sendo utilizados.

A invenção se expandiu para diversas áreas, principalmente a partir de 2010, quando diferentes modelos chegaram ao mercado. Inicialmente visto como diversão, um "brinquedinho" novo, rapidamente os aparelhos passaram a ser usados profissionalmente para fotografia e gravação de vídeos. Imagens que antes só eram possíveis captar por meio de um helicóptero puderam ser produzidas de modo muito mais fácil e barato.

Da captação de imagens para o uso de drones na agricultura foi quase uma evolução natural. Em setembro de 2021, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) emitiu a Portaria 298 e inovou na legislação sobre drones no Brasil. O documento estabelece regras para operação de drones com agrotóxicos e afins (adjuvantes, fertilizantes, inoculantes, corretivos e sementes).

Os operadores das chamadas aeronaves remotamente pilotadas (ARPs) devem ser registrados no ministério, fazer curso de aplicação aeroagrícola e apresentar relatórios mensais de atividades. A portaria também proíbe a pulverização a menos de 20 metros de povoações, cidades, agrupamento de animais e mananciais de captação de água.


Uso de drones na agricultura

Atualmente, a utilização de drones na agricultura já corresponde por mais de 40% de todos os drones cadastrados no Brasil e deve movimentar R$ 1,5 bilhão até o final de 2022.

Inicialmente, os drones agrícolas eram usados para monitorar lavouras, acompanhar a sanidade e o estágio delas, como floração ou maturação. Também se consegue ver a qualidade da palhada após a colheita, mapear o desmatamento em florestas muito densas, umidade do solo e análise de fertilidade do solo.

Depois, o uso de drones na agricultura começou a aumentar a precisão da pulverização de defensivos agrícolas, reduzir o tempo e o custo em todo o processo de gestão do plantio. Hoje sua utilização está muito presente em culturas como soja, cana-de-açúcar, café e frutas.

 

Drones para cana-de-açúcar

O uso de drone para aplicação de "cotesia" na cultura da cana-de-açúcar tem trazido como principais vantagens a melhora na logística, custo da operação e controle de informação – a cotesia é uma vespa utilizada como controle biológico da broca, inseto considerado vilão dos canaviais por consumir sistematicamente o interior da cana, comprometendo estrutura e rendimento da gramínea.  

A possibilidade de usar drone para pulverização tem permitido mais segurança e garantia de aplicação, geração de mapas georreferenciados, aplicação mais rápida e eficiente, redução do risco de acidente de trabalho, diminuição do volume de material a ser manejado e facilidade de logística.

 

Drones para lavoura de café

O café é normalmente cultivado em solos irregulares, com encostas de morros e montanhas, o que dificulta determinados processos. É para suprir esse obstáculo que tem crescido o uso de drones nas lavouras de café, tanto para monitoramento quanto para pulverização.

No caso da cafeicultura em áreas acidentadas, como em Minas Gerais, o principal produtor do País, o uso de drones para pulverização de defensivos se torna um método mais viável do que os maquinários terrestres.

 

Drones no cultivo de soja

Estudo realizado na safra 2020/2021 por pesquisadores da Embrapa Soja (PR) comprovaram o bom desempenho de drones na pulverização para o controle de duas pragas da cultura da soja no Brasil: o percevejo-marrom e a lagarta-falsa-medideira. Os aparelhos foram testados para aplicação de produtos químicos e biológicos em comparação a outros métodos, como tratores e borrifadores costais.

No caso do percevejo, a pesquisa mostrou que o uso de drones foi capaz de atingir a praga em partes das plantas de soja que, normalmente, não são atingidas pelos métodos tradicionais de pulverização, como o interior do dossel (estrutura aérea da planta).

Os testes indicaram que a pulverização com drone proporcionou melhor depósito do inseticida no estrato inferior das plantas de soja. Já nos estratos superior e médio o depósito foi semelhante aos demais tratamentos avaliados. 

Para os pesquisadores da Embrapa, o uso de drone na pulverização da soja é uma ferramenta promissora e que pode trazer benefícios imediatos. Eles citam o fato de tirar o implemento de dentro da lavoura; não causando amassamento da cultura; não depender das condições do solo para entrar na lavoura; utilizar menos água; não utilizar combustíveis fósseis e rapidez de aplicação em pequenas áreas.

Os pesquisadores citam ainda o drone para pulverizar como complemento a pulverização tratorizada e com avião em áreas acidentadas e em aplicação localizada, no contexto da agricultura de precisão.

Drones para frutíferas

A adoção de drones na produção de frutíferas ajudam a melhorar significativamente a eficiência do uso da água e a eficiência dos insumos agrícolas, como fertilizantes, e defensivos e até mesmo a colheita. Recentemente, uma empresa israelense desenvolveu um modelo de drone para identificar e fazer a colheita de frutas maduras, e não requer a supervisão para que o trabalho seja realizado.

Os drones são equipados com um sistema de câmeras, um pegador para as frutas e um pequeno para-choque em função de evitar que as plantas sejam cortadas. As câmeras utilizam um sistema de inteligência artificial e algoritmos para estudar a fruta e qualificá-la se está pronta ou não para colheita. 

 

Drones para agricultura de precisão


O uso de drones na agricultura de precisão permite a realização de análises espectrais básicas e avançadas, o que possibilita um planejamento e execução mais precisa do plantio.

É possível, por exemplo, definir as áreas de interesse, fazer a topografia do terreno, planejar o escoamento da água da chuva e criar um mapa de saúde da vegetação. Ainda é possível realizar amostragem de solo otimizada e o gerenciamento estratégico do plantio, entre outras aplicações.

Ao invés do produtor percorrer toda a propriedade para analisar a qualidade do plantio, considerando a dificuldade da tarefa e a possibilidade de problemas passarem despercebidos, a imagem área de alta resolução georreferenciada captada por drone permite análises muito mais detalhadas.

Mapeamento foliar, prevenção de problemas e planejamento do plantio

O avanço da tecnologia tem criado novas ferramentas de manejo e gestão agrícola. Os índices de vegetação são um exemplo, formados por modelos matemáticos baseados no sensoriamento remoto e que buscam avaliar e caracterizar a cobertura vegetal.

O sensoriamento remoto nada mais é do que a coleta de dados ou de imagens por sensores para posterior análise e processamento. A coleta pode ser feita por meio de sensores presentes em satélites, drones ou até mesmo veículos terrestres.

Tais índices permitem a determinação de parâmetros biofísicos e características da vegetação, como o índice de área foliar, a biomassa, o percentual de cobertura do solo, a atividade fotossintética, deficiências hídricas e até mesmo estimativas de produtividade.

As principais vantagens da utilização dos índices de vegetação estão na eficiência, rapidez e praticidade das mensurações. Ao contrário dos monitoramentos convencionais, essa técnica permite a identificação de variáveis na lavoura durante seu desenvolvimento e a rápida ação pontual nessas áreas, utilizando defensivos e aumentando a eficiência.

Alguns dos principais índices de vegetação são:

  • Índice Foliar Verde (IFV) diferencia a cobertura de plantio do solo, mostra as áreas plantadas, as áreas com falhas e o solo exposto.
  • Índice Resistente à Atmosfera na Região Visível (VARI) revela áreas com maior estresse da cultura.
  • Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI) é o mais popular entre os profissionais do campo. Ele pode ser usado para monitorar lavouras e verificar o desenvolvimento da cultura, problemas de falta de água, danos causados por pragas e estimativa de produtividade.
  • Índice de RedEdge por Diferença Normalizada (DNVI) é um índice utilizado para avaliar o teor de clorofila nas plantas, assim como sua captação de nitrogênio e a demanda de fertilizantes.

Projeto de terraceamento

A topografia com drones é a união da topografia tradicional à fotogrametria, com o equipamento sendo usado para realizar o levantamento dos dados do terreno. Dessa forma, o drone captura fotos sequenciais e georreferenciadas da área de interesse, adicionando informações que anteriormente a topografia tradicional não era capaz de gerar.

Tal aplicação pode ser feita no terraceamento da lavoura, uma prática de combate à erosão hídrica baseada na construção de terraços. O objetivo do terraceamento é regular o volume do escoamento da água da chuva de maneira que não prejudique a plantação.

Essa técnica deve ser utilizada junto com outras formas de manejo ou manipulação do solo como, por exemplo, a cobertura do solo com palhada, calagem e adubação fertilizante balanceadas, além de práticas de caráter vegetativo como a rotação de culturas com plantas de cobertura e cultivo em nível ou em contorno.

 

Melhores produtos para aplicação via drones

Resultados de testes no campo com o uso de drones comprovaram a eficiência dos produtos Rigrantec. Produtos com qualidade superior e doses comerciais baixas.

Veja abaixo alguns resultados apresentados e 5 produtos indicados para drones.

Resultados dos testes:

  • Homogeneidade das gotas
  • Mais deposição de gotas
  • Maior área de cobertura
  • Voos em altas e baixas altitudes
  • Soluções para todos os cultivos

1. DEFINE

É o primeiro antideriva do Brasil. Feito à base de resina vegetal em grânulos dispersíveis, facilmente solúvel e biodegradável.

Ação:

  • Padronização de gotas
  • Reveste as gotas aumentando seu peso, diminuindo a quebra e o respingamento de micro-gotas no impacto sobre as folhas
  • Reduz em até 15 vezes a velocidade de retração das gotas, além de melhorar a adesão das gotas sobre a folha
  • Reduz as perdas por chuva e vento
  • Boa cobertura com boa deposição de gotas nas folhas

Aplicação:

Dose comercial 60g/100L para altura de vôo de até 4 metros. Ótima cobertura de produto na planta. Para situações extremas pode aumentar a dose até 150g/100L.

 

2. SuperSil

É um produto 100% trisiloxano, solúvel em água, não iônico. É um adjuvante agrícola surfactante siliconado.

Ação:

  • Espalhante, que reduz a tensão superficial das gotas.

Aplicação:

  • Dose comercial 30ml/100L
  • Altura de vôo de 3 metros. Ótima deposição de gotas

 

3. PRONTO TRÊS

É um adjuvante fertilizante multifuncional à base de lecitina de soja metilada, ácidos orgânicos, silicones especiais e nutrientes.

Ação:

  • Proporciona melhor ação penetrante, espalhante e desempenho dos químicos. Tem formulação líquida para aplicação aérea e terrestre.

Aplicação:

  • Dose comercial 50ml/100L
  • Altura de vôo de até 3 metros. Ótima cobertura nas plantas

 

4. ZERO ESPUMA

É um adjuvante com ação antiespumante.

Ação:

  • Reduzir ou zerar a espuma da calda evitando desperdício de produto e trazendo segurança para o operador e meio ambiente.

Aplicação:

  • DOSE: 10 ml/1000L de calda

 

5. pH-5 Zn

É um adjuvante agrícola à base de fósforo e zinco, indicado para adequar o pH da calda de pulverização.

Ação:

  • Redutor de pH em formulação líquida.

Aplicação:

  • As doses sugeridas podem variar conforme pureza e dureza da água, assim como produtos usados nas aplicações.
  • A medida do pH é para garantir os nutrientes livres, não reagidos com substancias alcalinas presentes na á

Recomendação técnica:
Dosagem em ml para 100 litros

 pH

 

Inicial

 

 

8

7

6

5

4

 

Final

6

5

2

 

 

 

5

7

4

3

 

 

4

9

6

6

2

 

3

15

11

10

7

6

 

Valores variáveis com o tipo de substância alcalina presente na água e produtos utilizados nas aplicações.

 

Conclusão

O uso de drones na agricultura é uma realidade. Desde as primeiras funções para monitorar lavouras e analisar a fertilidade do solo até a mais recente tarefa de pulverização com maior precisão, o equipamento tem ganhado protagonismo no campo. Não é difícil imaginar que novas possibilidades surjam e os drones sejam, cada vez mais, um ótimo aliado no trabalho agrícola.

 

Últimas notícias

Imagem da notícia

13 de maio 2025

Guia prático de enraizamento
Imagem da notícia

06 de maio 2025

5 dicas no uso de adjuvantes agrícolas
Imagem da notícia

24 de abril 2025

5 dicas para manter a grama sempre verde

Conteúdo Relacionado

Imagem da notícia

04 de julho 2024

Inovações tecnológicas na agricultura: o impacto dos drones na produtividade
Imagem da notícia

02 de setembro 2020

Manutenção de máquinas agrícolas: saiba como fazer a limpeza
Imagem da notícia

22 de junho 2021

Entenda a importância da tecnologia para o agronegócio