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Maximizando o rendimento da colheita: compreendendo o sistema e os desafios da fertirrigação

Postado em 23 de julho 2024



O sistema de fertirrigação permite ao agricultor usar o sistema de irrigação da sua plantação ao mesmo tempo em que realiza a adubação da lavoura, de modo que a planta recebe água e tamb...


O sistema de fertirrigação permite ao agricultor usar o sistema de irrigação da sua plantação ao mesmo tempo em que realiza a adubação da lavoura, de modo que a planta recebe água e também os nutrientes essenciais para seu desenvolvimento.

Tal processo oferece diversas vantagens, assim como alguns desafios. De modo resumido, existem dois elementos para o sucesso da fertirrigação: o solo e a cultura. Solos mais arenosos e áridos se beneficiam da técnica de fertirrigação por serem mais pobres em nutrientes.

Já com relação às culturas, as que mais se utilizam do sistema de fertirrigação são aquelas perenes, como a manga, e as de ciclos rápidos, como as hortaliças em geral, que necessitam de boa disponibilidade de nutrientes durante todo o seu ciclo de desenvolvimento. Culturas de campo aberto, como milho, feijão e outras culturas de grãos, também se beneficiam de fertirrigação via aplicação por pivô.

Compreendendo o sistema de fertirrigação, planejando e executando corretamente, a técnica vale à pena com a economia que consegue proporcionar no médio e longo prazo.

Siga a leitura e conheça mais sobre o tema!

O que é fertirrigação?

É uma técnica de aplicação de fertilizantes, nutrientes e outras substâncias solúveis diretamente na água da irrigação, com a mistura sendo aplicada no solo onde as plantas se desenvolvem.

A fertirrigação surgiu nos Estados Unidos na década de 1950. Foi denominada quimigação, referindo-se à aplicação de produtos químicos ou biológicos, usando-se a própria água de irrigação.

Para culturas que não utilizam muitos hectares, normalmente a técnica da fertirrigação é feita via gotejamento ou aspersor instalados no sistema de irrigação. Esta técnica é mais eficiente para entregar os elementos essências a planta: água e fertilizante.

Para grandes culturas que necessitam de muita irrigação é melhor utilizar a técnica de pivô. Existem três tipos de pivôs: linear, central fixo e central rebocável. O modelo a ser escolhido pelo produtor vai depender da topografia de sua área e o investimento disponível. Por isso a importância de compreender o sistema de fertirrigação para melhor colocá-lo em prática.

 

Quais são os componentes básicos de um sistema de fertirrigação?

Um sistema de fertirrigação básico contempla o sistema de irrigação, que pode ser gotejamento, microaspersão ou irrigação por pivô central, combinado com o equipamento de dosagem de fertilizantes, que regula a quantidade de adubo para fertirrigação que será inserida na água da irrigação.

Por fim, há a fonte de água e a solução de fertilizantes, que envolve os tanques de armazenamento e preparo das misturas. A qualidade da água é vital para uma fertirrigação eficiente.

Assim, seja por gotejamento, microaspersão e pivô, os três tipos de fertirrigação utilizam um cabeçal de controle completo, com linhas de distribuição de água e pequenos emissores de água. O cabeçal é constituído por um sistema de filtragem, injetores de fertilizantes, registros e válvulas reguladoras de pressão e vazão que permitem também a automação do sistema.

Quais são os principais objetivos da fertirrigação?

A técnica de fertirrigação une duas importantes tarefas de cultivo da lavoura: a adubação e a irrigação. Os objetivos do sistema são aumentar a produtividade e a qualidade dos cultivos ao acelerar o ciclo dos nutrientes utilizados.

Como os nutrientes já chegam diluídos ao solo, eles estão imediatamente disponíveis para a planta. De modo geral, compreendendo o sistema de fertirrigação, entende-se que ele é uma forma de adubação mais equilibrada, onde é possível ajustar os nutrientes necessários para determinada cultura, o que facilita alcançar maior qualidade e produtividade.

Outro objetivo é reduzir o desperdício de fertilizantes e água, pois o preparo das soluções nutritivas contempla a quantidade necessária de fertilizantes que será lentamente aplicada junto com a água.

Além disso, destaque para a melhor absorção dos nutrientes pelas plantas. Quando se aplica o fertilizante granulado no solo, sua utilização pelas plantas depende muito do efeito das chuvas para a solubilização. Com o adubo para fertirrigação, ganha-se tempo levando o nutriente já diluído até as raízes das plantas.

Quais são os benefícios econômicos da fertirrigação para os agricultores?

O primeiro benefício econômico ocorre ao unir a aplicação de fertilizantes com o fornecimento de água à plantação. Com apenas uma operação, se reduz o número de atividades necessárias para as duas tarefas indispensáveis a uma lavoura de sucesso, dispensando o uso de máquinas agrícolas para a distribuição do fertilizante.

Além disso, a quantidade de adubo para fertirrigação é menor, o que contribui para a redução de custos. Também há menores perdas por processos como deriva, erros de aplicação e volatilização (quando o nutriente “evapora”).

Com relação à economia de água, a técnica de fertirrigação permite mais controle e precisão. Enquanto em outros processos pode ser necessário o acréscimo da água para a mistura da calda ou contar com as chuvas para a dissolução de adubos granulados, a fertirrigação supre duas necessidades com a mesma quantidade de água.

Finalmente, compreendendo o sistema de fertirrigação, há o aumento da produtividade das culturas. A disponibilização de nutrientes às plantas pode ser mais frequente e em doses menores, respeitando as características de absorção da cultura e o estádio em que a plantação se encontra.

Quais são os desafios da fertirrigação em áreas com solos pobres?

Solos pobres apresentam o desafio de ajustar a formulação dos nutrientes para suprir as deficiências específicas. Isso ocorre mesmo em solos férteis, mas em solos pobres, tal controle é mais complexo e, por vezes, mais caro.

Além do custo e operação com fertilizantes, problemas de drenagem e compactação do solo também são um desafio, pois podem interferir na eficácia da fertirrigação. Comparado com o solo bem nutrido, o investimento inicial em infraestrutura pode ser mais elevado devido a necessidade de correções adicionais no solo.

Em áreas com má drenagem, são ainda comuns problemas de salinização do solo, o que exige monitoramento constante para evitar o acúmulo de sais no solo. Também por isso é importante o acompanhamento de um profissional para que a irrigação com adubos não salinize o solo e prejudique as plantas ao invés de ajudá-las. 

Desafios existem, ainda assim, compreendendo o sistema de fertirrigação e seu potencial, são muitas as vantagens que o agricultor poderá usufruir.

 

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