Postado em 19 de agosto 2020
Acertar no desenvolvimento da pastagem é essencial para fornecer aos animais o alimento adequado. Porém, fontes de estresse biótico e abiótico podem interferir de maneira negativa nesse processo.
Conhecer como essas condições acontecem é indispensável para reverter ou mesmo evitar os quadros. Assim, é possível fugir dos impactos negativos e garantir a melhor atuação na produção agropecuária.
Você tem dúvidas sobre o assunto? Continue a leitura para descobrir como o estresse biótico e o estresse abiótico ocorrem e veja como contorná-los!
No campo, há diversas pragas que podem afetar o rumo da produção. O crescimento populacional de certos insetos e animais, ou mesmo a presença de alguns deles, pode comprometer todo o processo. Da mesma forma, há a atuação de bactérias, vírus, parasitas e outros organismos biológicos.
Em todas essas situações, temos o chamado estresse biótico. Ele consiste em um cenário que afeta o desenvolvimento vegetal, prejudicando de alguma forma o potencial produtivo da cultura.
Já o estresse abiótico é causado por agentes que não são biológicos — e, sim, muitas vezes do tipo físico ou químico. O exemplo mais famoso envolve a deficiência hídrica. Ela acontece quando a irrigação não é suficiente, o que faz com que a pastagem não tenha a quantidade de água da qual necessita para crescer.
Isso é comum em sistemas de irrigação mal dimensionados, ou inexistente, e, também, em períodos de estiagem prolongada.
Outro problema tem a ver com a falta de nutrientes. Um solo pobre em minerais e/ou com o pH incorreto causa essa situação, o que afeta o desenvolvimento do pasto. É possível, também, que ocorra perda por fitotoxidade causada por alguma pulverização em área vizinha, ou resíduo no tanque do pulverizador (implemento agrícola).
Em cenários desse tipo, a pastagem sofre, inicialmente, nas etapas de crescimento. Especialmente diante de estresse abiótico, é comum que haja uma interrupção ou desaceleração do desenvolvimento. Com a deficiência hídrica, por exemplo, o metabolismo é desacelerado, o que leva a um crescimento menor de folhas e outras estruturas.
No caso do estresse biótico, é frequente que ocorra o comprometimento do desenvolvimento que já aconteceu. Diversas pragas se alimentam das folhas já consolidadas.
Indiretamente, a produção agropecuária é afetada. Afinal, há menor disponibilidade de alimentos para os animais, bem como uma queda na qualidade da comida. Como consequência, todo o desempenho é afetado e há uma queda na produtividade.
Para lidar com o estresse abiótico, o ideal é reconhecer as condições do ambiente e do solo e definir corretamente o modo de agir. Isso significa, por exemplo, fazer a calagem do solo ou utilizar fertilizantes para melhorar a disponibilidade de nutrientes. Há, ainda, a necessidade de cuidar da irrigação e das demais condições físicas, como a temperatura e a radiação solar.
Quanto ao estresse biótico, a pulverização agrícola costuma ser o mais indicado, seja com o uso de repelentes como controle fitossanitário. Com o apoio dos insumos adequados, há um fortalecimento das estruturas vegetais e maior proteção contra os diversos agentes biológicos. Se for necessário, aplicar adjuvantes aumenta a efetividade dos elementos de proteção.
O estresse abiótico e o estresse biótico podem causar grandes impactos na pastagem. Conhecendo como eles ocorrem, você tem a chance de reverter ou prevenir esses fenômenos, o que levará a um desempenho bem melhor.
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