Postado em 10 de fevereiro 2021
Fala-se um “novo normal”, referente ao período pós-pandemia, que parece cada vez mais próximo. Isso vale para todos os segmentos da sociedade, incluindo o agronegócio. A crise gerada pelo coronavírus não estava prevista, apanhou todos de surpresa e não é exagero dizer que gerou um caos econômico.
E quais as perspectivas para o produtor rural em 2021? Como será o comércio internacional (importação, exportação)? É sobre esse assunto que vamos tratar neste texto. Veja as atualizações sobre exportação no agronegócio!
Toda a cadeia do agronegócio é fundamental não apenas para os brasileiros (já que garante a alimentação de mais de 200 milhões de pessoas), mas também para assegurar comida para aproximadamente 1,5 bilhão de consumidores de outros países.
São mercados estrangeiros que estão dependentes da produção agrícola e pecuária do Brasil. Como compensação, esse público externo garante empregos no país e a exportação, que é tão valiosa para nossa economia.
Muitos produtores estão endividados devido à pandemia e carregam um passivo retroativo referente ao Funrural. Ainda assim, eles seguem adiante, mantendo-se ativos nas operações de exportação com grandes volumes de produtos. Essa sua iniciativa corajosa impede uma queda mais abrupta no PIB (Produto Interno Bruto).
Sobre a produção em meio à pandemia, o ex-ministro da Agricultura Neri Geller elogiou as medidas do governo, que conseguiu realizar o enfrentamento das adversidades dentro de suas possibilidades: o funcionamento dos portos e também dos terminais rodoviários, permitindo assim a continuidade da exportação no agronegócio.
Isso significa que a manutenção da saúde com o isolamento social não afetou de forma tão drástica o volume das exportações, como ocorreu em outras atividades e setores da economia.
Conforme o otimismo de Neri Geller, o agronegócio será o grande propulsor da economia no pós-pandemia. Especialistas acreditam que, nesse período, haverá aumento da receita na produção agrícola, principalmente com soja, café e milho.
Vale lembrar que esses três produtos estão entre os mais exportados pelo Brasil no ano de 2019/2020, conforme dados do Comex Stat:
As estimativas, conforme a CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento), são de uma safra recorde de grãos em 2020/2021: 268,9 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 4,2% a mais que a safra anterior, de 2019/2020.
Ainda de acordo com a CONAB, a expectativa para a soja é de cerca de 135 milhões de toneladas. Esse volume mantém a primeira posição mundial para o Brasil como produtor da oleaginosa.
Sendo o principal produto de exportação no agronegócio, estima-se que as exportações de soja em 2020/2021 corresponderão a 82 milhões de toneladas e, em 2021/2022, a 85 milhões de toneladas.
O câmbio garantirá esse suporte, já que as expectativas é de que o dólar se manterá em alta nos meses seguintes, em torno de R$ 5,20.
A exportação de outros commodities em 2020/2021 está estimada assim:
Levando em conta o aumento de mercadorias exportadas para a China (19,4%), o comportamento do consumidor chinês também modificou.
Uma das tendências para 2021 é que os chineses estejam entre os principais compradores da soja brasileira.
Essas são algumas expectativas e tendências para o agronegócio no pós-pandemia, considerando principalmente a exportação de grãos. Ou seja, as expectativas são relativamente boas para 2021 e os anos seguintes apesar da crise econômica. Felizmente, o “novo normal” se aproxima cada vez mais com a fabricação e a aprovação das vacinas preventivas contra a COVID-19.
Enquanto a crise ainda não chega ao fim, aproveite e veja mais detalhes sobre o impacto do coronavírus sobre o setor agrícola!
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